G1MA 05-10-16
No sábado (1º), o alvo foi a Unidade de Ensino Básica (U.E.B.) Ana Lúcia Chaves. Sobrou pouca coisa de uma sala de aula. Carteiras, cadeiras, livros, parede e telhado, tudo foi queimado.
Os ventiladores derreteram com o calor. Ainda há risco de desabamento do teto e não tem como ter aula tão cedo na unidade, segundo a Secretaria Municipal de Educação (Semed) com base em laudos da Defesa Civil.
Já são muitas escolas nessa situação. Outra escola, a U.E.B. João Lima Sobrinho, teve a estrutura tão comprometida que parte dela será demolida, segundo a Semed. Dezesseis escolas já foram atacadas em São Luís e Região Metropolitana, sendo que 14 salas foram completamente destruídas e 500 alunos estão sem estudar.
“Tristeza, não é? Porque isso aqui é patrimônio da comunidade e é onde as crianças estão a desenvolver o conhecimento, e aí acontece uma coisa dessa. Como fica a situação dessas crianças?”, questiona a diretora de uma das escolas atacadas, Deurenice Mendes.
Diretores, professores, pais e alunos estão preocupados com essa sequência de ataques dos últimos dias. Em outras, sequer está havendo aula, como na U.E.B. Luís Viana, que passa o dia inteiro fechada e sem previsão de quando vai voltar a funcionar.
“Houve uns atentados com ameaças de ‘tocar’ fogo nos colégios, tiveram incêndios. Aí o pessoal com medo resolveu não botar os alunos em sala”, disse um funcionário da escola que preferiu não se identificar.
Na U.E.B. Senador Miguel Lins, os alunos vêm sendo liberados uma hora mais cedo. Os estudantes também estão com medo. “Uma denúncia aí, de que iam botar fogo no colégio. Nós saímos cedo”, relata um estudante.
Em outra unidade, criminosos teriam feito várias ameaças por telefone. A diretora preferiu não arriscar.“Estamos liberando mais cedo”, confirma.
Alguns pais sequer estão esperando o horário em que os alunos são liberados. Vão buscar as crianças assim que saem do trabalho. “A preocupação de você deixar seu filho e não ter segurança, saber se vão botar fogo, se vão queimar, se vai ter alguém para resguardar, fazer a segurança das crianças”, diz um dos pais ouvidos pela reportagem.
FONTE BLOG DO LUIS PABLO
PORTAL CARLOS NOTICIAS
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