O ex-gestor é acusado de fazer parte do esquema que desviou mais de R$ 4,5 milhões da prefeitura daquele município.
As
prisões realizadas pela Superintendência Estadual de Investigações
Criminais na manhã desta terça-feira (19) em Bacabal fazem parte da “El
Berite”, quarta etapa de operações contra crimes de agiotagem no
Maranhão.
Investigações revelaram que os
envolvidos faziam parte de um esquema que desviou dos cofres públicos de
Bacabal mais de R$ 4,5 milhões na época que Dr. Lisboa foi prefeito.
A empresa do ramo da construção civil El
Berite tem ligações com o agiota Josival Cavalcante, o “Pacovan” e
recebia verbas públicas da Prefeitura de Bacabal que, em seguida, eram
repassadas para algum membro da quadrilha.
Além da prisão temporária que deverá
durar cinco dias, a Justiça concedeu também a indisponibilidade e
sequestro dos bens de todos os acusados.
Tanto o ex-prefeito Dr. Lisboa como os
demais estão presos em pequenas celas da Delegacia da Cidade Operaria
para onde foram levados após serem apresentados na sede da SEIC.
Vale lembrar que existem outras causações de corrupção pesando sobre os ombros do ex-gestor municipal.
Operação “Cheque em Branco”
Em 2013, foram cumpridos 10 mandados de
condução coercitiva na capital e em outras sete cidades do interior do
Maranhão. Os investigados foram conduzidos até a Superintendência
Regional de Polícia Federal no Maranhão para se submeterem a
interrogatórios, acareações e demais procedimentos relativos aos seus
indiciamentos.
A operação é fruto de investigações que
apontam a existência de um esquema de agiotagem no Estado. Estão
envolvidos diversos gestores e ex-gestores municipais, empresários de
diversos seguimentos, especialmente do ramo de factoring, bem como as
empresas sob seus respectivos controles, esquema este movimentado e
alimentado, inclusive, por meio do desvio de recursos públicos federais,
notadamente daqueles destinados à educação e à saúde.
O nome da operação faz alusão ao modus operandi da
organização criminosa, o qual indica que os referidos gestores
municipais entregavam cheque e guias de saques, vinculados à contas
abertas especificamente para movimentação de recursos federais dos
municípios, todos assinados “em branco” pelos gestores, como forma de
pagar empréstimos pessoais contraídos a juros exorbitantes, deixando ao
alvitre dos agiotas os recursos públicos federais repassados aos
municípios.
Do Blog do Sergio Matias
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